Diário de Romeu, página 1
Existe apenas uma palavra para descrever a beleza que os meus olhos conheceram hoje: Julieta...
Como poderam os meus sentidos viver até hoje sem ver a aurora nos seus olhos, as chamas do seu cabelo, sem sentir o verão do seu corpo, aquele calor que nos obriga a ser submissos a ele sem desejar mais nada senão suar a sua doçura?
Ainda não sei, diário, como consigo respirar o suficiente para escrever nas tuas páginas, sozinho na minha gélida cama...vivo pensando nos sonhos que me aguardam...o sonho trar-me-á de volta as labaredas dos seus cabelos, a suavidade das suas mãos nas minhas, trazendo a paz das aves e o desejo do tigre...o seu hálito que expira a minha vida, que a faz pender num ténue fio da sua ausência.
Julieta é o anjo do inferno de amor em que vivo...e sonho com o céu dos seus lábios nos meus, só mais uma vez...
Como poderam os meus sentidos viver até hoje sem ver a aurora nos seus olhos, as chamas do seu cabelo, sem sentir o verão do seu corpo, aquele calor que nos obriga a ser submissos a ele sem desejar mais nada senão suar a sua doçura?
Ainda não sei, diário, como consigo respirar o suficiente para escrever nas tuas páginas, sozinho na minha gélida cama...vivo pensando nos sonhos que me aguardam...o sonho trar-me-á de volta as labaredas dos seus cabelos, a suavidade das suas mãos nas minhas, trazendo a paz das aves e o desejo do tigre...o seu hálito que expira a minha vida, que a faz pender num ténue fio da sua ausência.
Julieta é o anjo do inferno de amor em que vivo...e sonho com o céu dos seus lábios nos meus, só mais uma vez...
1 Comments:
"Como pode ser tão bom esse mal que tu me fazes, que me obriga a ir a jogo sem figuras nem ases, sabendo que não vou ganhar como nunca ganhei, sabendo que não consigo parar como nunca parei? Como podem magras mãos ficar tão grandes assim que as sinto esgravatar cá bem dentro de mim? Só pode ser verdade o que me conta a poesia, eu gosto de gostar e sinto a tua falta todo o dia. O que posso eu fazer se me fazes tão bem mal, desafiando as leis da gravidade da minha moral? O prazer da tua carne tornou-se essencial para a minha sanidade física e mental. Fatal, fatalmente o coração sente e a minha boca mente em ritmo displicente. Escrevo para ti papel de carta, tinta preta como a cor dos teus cabelos envoltos em tons violeta, palavras que nunca direi à tua frente. Aprendi a ser humano, haveria eu de ser diferente? Eu só amo e não reclamo o prémio sem cautela, fechado numa cela sem chave nem janela. A coisa mais bonita deste planeta, beleza rara no meio de uma sarjeta. Amor impossível como Romeu e Julieta, ao menos sonho contigo e podes crer já não é cheta...."
Pacman em "O crime do Padre Amaro"
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