Janela embaciada (III de III)
O tempo passou e passou. Nem tinha reparado. Estava olhando o vazio já há quase uma hora. Eram talvez 7 da manhã. O sol estava já a espreguiçar-se da sua longa noitada a dormir. A janela, no entanto, estava ainda embaciada. A parte que tinha apagado com a mão, estava de novo humedecida pela aquele contraste de temperaturas.
Mas o que escrever?
Se não era Amor, solidão, Tristeza?
Alegria? Não demasiado vago.
Angústia? Mágoa? Não! Não seria sentido, não teria significado.
O sol estava já um pouco mais alto. Ainda só uma leve luz ténue no horizonte.
Subitamente (talvez tenha sido o sol), fez-se luz na sua cabeça.
Com a palma da mão aberta, João apagou toda a água do seu quadro mágico.
" Alguém que o escreva por mim!" - Disse para si próprio e voltou para a cama. Estava tão cansado que o sono o acolheu...
Para quê antecipar o acordar, o futuro? Se era sábado e podia dormir até tarde?
;)
3 Comments:
Leste os três textos? é que o primeiro foi amor!:P
Love you tooo!
Acho que sim...às vezes é mesmo preciso deixar a vida ir andando e arrastar-nos...
LUrve u!
Amei! Foi um final excelente, mesmo. Como já dizia Einstein "eu não me preocupo com o futuro, em breve ele virá"... E podes ir escrevendo a tua história nas janelas embaciadas, mas no fundo, a tua escolha pode mudar com o Sol...
Gostei muito mesmo***
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