Contagem regressiva para o fim da alma - 23º dia
Eu era um rapaz cheio de manias... Não era convencido! Nada disso! Nunca tive a auto estima muito elevada... era simplesmente...mais um entre tantos. Alguém cujos talentos pareciam não agradar a muitos. Pelo menos assim o pensava, porque praticamente ninguém se interessava ou procurava saber das minhas coisas...
O meu nome? Carlos Rio Faria, o rapaz que estava morto mesmo antes de morrer...
Um rapaz de olhos azuis, cansado da vida até então e farto de estar sozinho. "Só estás assim porque queres! " . Me diziam as minhas amigas... mas não era bem assim.
Vivia preso dentro de mim, incapaz de fazer alguém se apaixonar por mim. Um verdadeiro fracasso nas questões do amor. E não era só isso. Digamos que a homossexualidade não ajudava muito... O pequeno Portugal, ao contrário do que os outros queriam ver, ainda é muito fechado em si próprio.
O telefone tocou, levando-me de novo para a realidade.
- Estou? - era a Filipa.
- Estou!
- Ulá! Então como estás?
- Estou bem...
Um silêncio demorado preocupou-me ao telefone.
- Pipa?- nesse momento a sua alma chorou. Não quer tenha soluçado nem nada... simplesmente, eu sabia reconhecer a tristeza nos outros. Já me era mais do que conhecida. - conta lá o que se passa.
- Eu acho que...
- Filipa. Pode chegar aqui ao meu escritório? Precisava que despachasse aquele monte de relatórios.
- Vou ter de te ligar mais tarde Carlos.
- Mais tarde não posso. Tenho umas coisas para tratar. - No dia anterior tinha recebido uma carta de um conhecido, a combinar um encontro no jardim em frente ao antigo dramático. Já o conhecia desde criança e desde criança que o odiava. Aquele homem era absolutamente ... nem existem palavras para o descrever... que queria ele? Depois do que me tinha feito?
Mesmo assim... precisava de olhar para a cara dele e dizer-lhe umas verdades!
- Está bem. Então falamos amanhã? Não te esqueceste pois não?
- Não. Amanha à tarde, no jardim do estoril.
- Filipa?
- Tenho de ir. Xau!
- Tchau.
E desliguei e esperei pelas 22 horas. Era uma noite fria demais para um dia de verão. Como combinado fui ter ao jardim. Àquela hora, o escuro ainda não era bem escuro, mas estranhamente, a rua estava completamente vazia... esperei e esperei.
---
Olhei para o relógio...eram 23 horas.
- Bom. Vou-me embora. - disse eu... - vou voltar para a minha solidão...
E assim, a minha ultima palavra foi dita... Por trás de mim, senti uma pessoa, o perfume daquele mesmo homem, que tinha complicado a minha vida, durante quase cinco anos.
- Vais ficar bem caladinho. E vais-me ouvir. - as suas mãos fortes apertavam-me o pescoço... quase não conseguia respirar! - Vais deixar de me chantagear... sabes por quê? Porque vou acabar agora com a tua raça! é para aprenderes a não te meteres com alguém m ais forte do que tu!
Com os braços batia contra o seu corpo, tentando libertar-me! Naquele momento, cheguei ate a acreditar em Deus! Estaria ele ali, a ver a minha morte ou a tentar ajudar-me? Comecei aos poucos a perder o ar e a morrer. Tentei falar, mas só fez pior... não tinha ar na garganta. Não tinha ar nos pulmões... estava ali calado, com os braços e as pernas a lutarem contra aquela massa atrás de mim.
- Que é que queres, meu Cabrão? Não passas de hoje! Não me podes lixar, agora. Não te vou deixar lixar a minha vida, percebeste...
Os braços deixaram de lutar.
- Não posso deixar que lixes o meu filho. Que lixes tudo aquilo que consegui.
As pernas caíram.
- Não te vou deixar que me desmascares...
A cabeça caiu-me... ali morri, mesmo estando já morto...
O meu nome? Carlos Rio Faria, o rapaz que estava morto mesmo antes de morrer...
Um rapaz de olhos azuis, cansado da vida até então e farto de estar sozinho. "Só estás assim porque queres! " . Me diziam as minhas amigas... mas não era bem assim.
Vivia preso dentro de mim, incapaz de fazer alguém se apaixonar por mim. Um verdadeiro fracasso nas questões do amor. E não era só isso. Digamos que a homossexualidade não ajudava muito... O pequeno Portugal, ao contrário do que os outros queriam ver, ainda é muito fechado em si próprio.
O telefone tocou, levando-me de novo para a realidade.
- Estou? - era a Filipa.
- Estou!
- Ulá! Então como estás?
- Estou bem...
Um silêncio demorado preocupou-me ao telefone.
- Pipa?- nesse momento a sua alma chorou. Não quer tenha soluçado nem nada... simplesmente, eu sabia reconhecer a tristeza nos outros. Já me era mais do que conhecida. - conta lá o que se passa.
- Eu acho que...
- Filipa. Pode chegar aqui ao meu escritório? Precisava que despachasse aquele monte de relatórios.
- Vou ter de te ligar mais tarde Carlos.
- Mais tarde não posso. Tenho umas coisas para tratar. - No dia anterior tinha recebido uma carta de um conhecido, a combinar um encontro no jardim em frente ao antigo dramático. Já o conhecia desde criança e desde criança que o odiava. Aquele homem era absolutamente ... nem existem palavras para o descrever... que queria ele? Depois do que me tinha feito?
Mesmo assim... precisava de olhar para a cara dele e dizer-lhe umas verdades!
- Está bem. Então falamos amanhã? Não te esqueceste pois não?
- Não. Amanha à tarde, no jardim do estoril.
- Filipa?
- Tenho de ir. Xau!
- Tchau.
E desliguei e esperei pelas 22 horas. Era uma noite fria demais para um dia de verão. Como combinado fui ter ao jardim. Àquela hora, o escuro ainda não era bem escuro, mas estranhamente, a rua estava completamente vazia... esperei e esperei.
---
Olhei para o relógio...eram 23 horas.
- Bom. Vou-me embora. - disse eu... - vou voltar para a minha solidão...
E assim, a minha ultima palavra foi dita... Por trás de mim, senti uma pessoa, o perfume daquele mesmo homem, que tinha complicado a minha vida, durante quase cinco anos.
- Vais ficar bem caladinho. E vais-me ouvir. - as suas mãos fortes apertavam-me o pescoço... quase não conseguia respirar! - Vais deixar de me chantagear... sabes por quê? Porque vou acabar agora com a tua raça! é para aprenderes a não te meteres com alguém m ais forte do que tu!
Com os braços batia contra o seu corpo, tentando libertar-me! Naquele momento, cheguei ate a acreditar em Deus! Estaria ele ali, a ver a minha morte ou a tentar ajudar-me? Comecei aos poucos a perder o ar e a morrer. Tentei falar, mas só fez pior... não tinha ar na garganta. Não tinha ar nos pulmões... estava ali calado, com os braços e as pernas a lutarem contra aquela massa atrás de mim.
- Que é que queres, meu Cabrão? Não passas de hoje! Não me podes lixar, agora. Não te vou deixar lixar a minha vida, percebeste...
Os braços deixaram de lutar.
- Não posso deixar que lixes o meu filho. Que lixes tudo aquilo que consegui.
As pernas caíram.
- Não te vou deixar que me desmascares...
A cabeça caiu-me... ali morri, mesmo estando já morto...
7 Comments:
Misteeeeerioooo :P. Lamento não estar grande coisa a morte do Carlos, mas não a consegui imaginar de outra forma!xD
Que suspeeeeeeeense! Que raio terá acontecido para uma morte assim??
Gostei, quero ler mais =)
E se fosse no novo dramático, se calhar os mitras salvavam-te...:P
*
LOL! Está muito fixe! Lá está... suspeeeeeeense! =P Mas coitadinhooo! Porquê tanta crueldade para com uma pessoa tão amorosa!? Why!? ='(
Quero ler maaaais! Vocemecê tem muito jeito para isto! ;)
Kisses 4 u my friend! ***
:|. I'm stunned! (é assim que se escreve?). Bom, brg as duas... quanto ao resto da istoria, depende da inspiração!
Welcome back Jo!:P
Mas quem? Porque é que havia o Carlos de fazer mal a alguém?
Já não estou a perceber nada!!
Escreve obsessivamente mais 22 episódios para nós sim??:)
So se escreveres obcessivamente mais Carmelo. Ela inspira-me! Alias, TU inspiras-me!
LOL! Só tnh mais 1 texto de carmelos =P
Não precisas da mnh inpiração jonny =) isso ta la no fundo
Enviar um comentário
<< Home