Ver o Morto - perdidos
Victoria encostou-se à porta do quarto vizinho ao seu. O silêncio do corredor fazia cada acorde da guitarra ecoar. Conseguia distinguir uma voz rouca e um improviso de poema a flutuar nela. "A blond fairy sleeping next to me". O sorriso na sua alma estendeu-se ao seu corpo. Desde a madrugada desse dia que ouvia aquela doce música. Pensou que tinha sonhado. Mas não. E a verdade daquele som fazia um rubor subir-lhe ao rosto pálido.
Queria entrar. Queria falar com o seu poeta. Ela era uma fada e tinha um devoto. Naquele dia, naquele sítio, alguém lhe cantava um louvor como se ela fosse merecedora dele. Seria?
- Quero ver a campa de Mozart!
O mau humor de João subiu com a exigência clara da voz de Vera. Estava cansado, não dormia o que precisava há demasiado tempo e a comida de viagem ameaçava matá-lo em breve. Estava farto de cidades, farto de museus, farto de arte, farto de fotografias, farto de colchões rijos.
- Não vamos ver mortos. Quero ir para casa.
A irritação de João subiu mais dez pontos na escala quando Matt poisou a mão em cima da de Vera e declarou muito sério:
- Eu concordo com a Vera e vou com ela ver o morto.
- Matt!!
- Que foi?
Havia uma cumplicidade que escapava à compreensão de João e que o irritava além do limite aceitável. Ele é que devia sentar-se ao lado da Vera. Sempre tinha sido assim. Queria ir para casa e ter a sua vida normal de volta. Esta não era a Vera. Preferia que ela chorasse nos braços dele. Aquela alegria falsa em volta de Matt não era a Vera.
Virou-se para Bárbara.
- Não queres ir para casa? - esperava que ela estivesse ansiosa por rever Nívea.
- Bem...é cedo ainda para ir para casa, não? - o tom nervoso denunciou que Barbara não fazia ideia do que fazer quando voltasse a casa.
- Então, está decidido. Ficamos e vemos o morto!
- Ainda não sabes o que a Vicky pensa...
Uma figura pequena e afogueada entrou de rompante para tomar o pequeno almoço.
- Podemos ficar mais um dia? - perguntou Vicky, olhando fixamente para a tigela de cereais.
- Oh, perfeito... - João perdera a última arma para lutar contra os amigos. Ficavam...e iam ver o morto.
Queria entrar. Queria falar com o seu poeta. Ela era uma fada e tinha um devoto. Naquele dia, naquele sítio, alguém lhe cantava um louvor como se ela fosse merecedora dele. Seria?
Estava perante ela. A primeira vez que tinha a possibilidade de gritar a sua liberdade com um gesto: encontrar os lábios que a louvavam com os seus. Não ia pensar no pai, não ia pensar em Matt, não ia pensar que tinha de partir nesse mesmo dia...não ia pensar.
*
- Quero ver a campa de Mozart!
O mau humor de João subiu com a exigência clara da voz de Vera. Estava cansado, não dormia o que precisava há demasiado tempo e a comida de viagem ameaçava matá-lo em breve. Estava farto de cidades, farto de museus, farto de arte, farto de fotografias, farto de colchões rijos.
- Não vamos ver mortos. Quero ir para casa.
A irritação de João subiu mais dez pontos na escala quando Matt poisou a mão em cima da de Vera e declarou muito sério:
- Eu concordo com a Vera e vou com ela ver o morto.
- Matt!!
- Que foi?
Havia uma cumplicidade que escapava à compreensão de João e que o irritava além do limite aceitável. Ele é que devia sentar-se ao lado da Vera. Sempre tinha sido assim. Queria ir para casa e ter a sua vida normal de volta. Esta não era a Vera. Preferia que ela chorasse nos braços dele. Aquela alegria falsa em volta de Matt não era a Vera.
Virou-se para Bárbara.
- Não queres ir para casa? - esperava que ela estivesse ansiosa por rever Nívea.
- Bem...é cedo ainda para ir para casa, não? - o tom nervoso denunciou que Barbara não fazia ideia do que fazer quando voltasse a casa.
- Então, está decidido. Ficamos e vemos o morto!
- Ainda não sabes o que a Vicky pensa...
Uma figura pequena e afogueada entrou de rompante para tomar o pequeno almoço.
- Podemos ficar mais um dia? - perguntou Vicky, olhando fixamente para a tigela de cereais.
- Oh, perfeito... - João perdera a última arma para lutar contra os amigos. Ficavam...e iam ver o morto.
4 Comments:
Peço desculpa pela demora e pela falta de profundidade =P
Não espero que muita gente goste desta música, mas como estou a ouvi-la obsessivamente achei que tinha de ser.
Peço desculpa ao João por estar a usá-lo como desmancha prazeres. E prometo que iato não significa que a serie se vai estender muito mais. ;)
lolol. Tas desculpada. Não tinha muito a ver comigo sabes. EU seria o primeiro a sugerir a visita ao cemitério onde está enterrado Mozart (pormenor, ninguém sabe onde ele está! Foi enterrado numa vala comum, mas shhhhh :P).
Beijocas.
E o post tinha mais profundidade que tu pensas!
LOOL!
Tenho a confessar que vi uma estatua dele no rex, o cao policia e fiquei com a ideia q era uma campa (burra nao??)
mas n interessa, a vera so quer um pretexto.
bem, tenho a dzr q e apenas uma estatua num jardim, mas tb serve =P
lolololol. Não faz mal. Resultou bem!!!
Beijufas... Não mate ninguém que suja imennnnnnso!;).
PS: Me liga vai, por causa de sexta!
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